A melhor abordagem
perante uma aluno disléxico é a multissensorial, ou seja facilitar a
aprendizagem utilizando todos os meios disponíveis: visual, auditivo,
oral, táctil e cinestésico. Esta abordagem permite que o aluno use os
seus pontos fortes para comandar os mais fracos. Assim, algumas dicas que
poderão ajudar o professor no contexto de sala de aula:
§
Interessar-se
genuinamente pelo aluno disléxico e pelas suas dificuldades e especificidades e
deixar que ele perceba esse interesse, para se sinta confortável para pedir
ajuda;
§ Na sala de aula, posicionar o aluno disléxico perto
do professor, para receber ajuda facilmente;
§ Repetir as novas informações e verificar se foram
compreendidas;
§ Dar o tempo suficiente para o trabalho ser organizado e
concluído;
§ Ensinar métodos e práticas de estudo;
§ Encorajar as práticas da sequência de ver/observar,
depois tapar, depois escrever e depois verificar, utilizando a memória;
§ Ensinar as regras ortográficas;
§ Incentivar o uso do computador como ferramenta de
digitação de texto;
§ Incentivar o uso do corrector ortográfico de um
processamento de texto;
§ Permitir a apresentação de trabalhos de forma criativa,
variada e diferente: gráficos, diagramas, processamento de texto, vídeo, audio,
etc;
§ Criar e enfatizar rotina para ajudar o aluno
disléxico adquirir um sentido de organização;
§ Elogiar ,de forma verdadeira, o que aluno disléxico fizer
ou disser bem, dando-lhe a oportunidade de “brilhar”;
§ Incentivar a participação em trabalhos práticos;
§ Nunca partir do pressuposto que o aluno disléxico é
preguiçoso ou descuidado;
§ Nunca fazer comparações com o resto da turma;
§ Não pedir ao aluno disléxico para ler em voz alta na sala
de aula;
§ Não corrigir todos os seus erros (evitar o uso da cor
vermelha, para não ser tão evidente os seus erros);
§ Não insistir na reformulação, a menos que exista um
propósito claro.
Como qualquer criança, os disléxicos
necessitam do apoio dos pais. Não só para a satisfação das suas
necessidades imediatas e físicas, mas também para os ajudar a criar mecanismos
para ultrapassar as suas dificuldades.
Usar
exercícios criativos que envolvam a memória, tais como recitar poemas infantis
em conjunto, ler poemas, utilizar mímica, teatro, falar de imagens, utilizar a
acção, os jogos de tabuleiro, jogar a pares, aplaudir as sílabas e cantar
músicas, podem ser muito úteis.
Estas
são algumas dicas/estratégias que também se poderão revelar importantes:
§ Incentivar a prática de exercício físico,
em que se promova o atirar, capturar, chutar bolas, saltar e treinar o
equilíbrio;
§ Incentivar a prática de actividades lúdicas
e artísticas, como dança, pintura ou outra que a criança se sinta inclinada;
§ Incentivar o gosto pela leitura,
usando a linguagem dos livros — as imagens, as palavras e as letras — para
perceber que os livros podem ser analisados, lidos e desfrutados, vezes sem
conta;
§ Mostrar como segurar num livro, de que
forma ele abre, onde começa a história, onde é o topo da página e que direcção
segue o texto, apreciar as imagens;
§ Promover o aspecto cultural: visitar
museus, assitir peças de teatro ou musicais,conhecer outras cidades, etc
§ Ajudar a criança disléxica a aprender a
seguir instruções, por exemplo, “por favor pega no lápis e coloca-o na
caixa”, e fazer gradualmente sequências mais longas, por exemplo, “ir à
prateleira, encontrar a caixa vermelha, trazê-la para mim”. Incentivar a
criança disléxica a repetir a instrução antes de a realizar.
Valorizar o disléxico na sala de aula
Raramente
o disléxico recebe certificados ou prêmios academicos. No entanto, pode e deve valorizar
o disléxico por tudo aquilo que ele alcança, mesmo sem ser academicamente:
* Ajuda
dada aos colegas;
*
Demonstração de esforço (independentemente do sucesso);
*
Materiais organizados;
*
Simpatia para com os colegas;
*
Vontade em participar;
*
Permanecer atento e calmo;
* Boas
maneiras / boa educação;
* Dar o
exemplo para outros;
*
Desejo de se envolver noutras actividades da escola (clubes, produções, etc);
Trabalhar a auto-estima do disléxico
Todos os dias na escola, o disléxico enfrenta o fracasso, desde
a escrita até à matemática. Assim, o disléxico constata que não consegue fazer
o que os outros fazem e considera-se “burro, “estúpido”.
E como
a dislexia não é como partir um braço – visível – o próprio sistema escolar
promove este tipo de pensamento:
“- Oh,
tem o braço partido, claro que não consegue escrever, isso não tem nada a ver
com inteligência!”
Mas
ninguém diz:
“ Oh,
claro que não consegue ler, o cérebro funciona de forma diferente, mas não há
nada de errado com a sua inteligência!”
Torna-se, assim, importante trabalhar a
auto-estima e auto confiança de cada criança ou jovem disléxico. Só palavras
não são suficientes para motivar o disléxico, ele precisa de perceber na
prática que é capaz e inteligente como os demais.
Pegue
numa folha e divida-a em duas colunas. De forma objectiva e verdadeira escreva
numa coluna “Coisas em que eu sou bom” e noutra coluna “Coisas em que eu sou
menos bom”.
Provavelmente
terá duas colunas assim:
Coisas em que eu sou bom
* Nadar
*
Basquetebol
*
Desenhar
* Tomar
conta dos meus ratos
*
Pintar
* Fazer
rir
*
Ajudar os outros
*
Decorar
* Etc
Coisas em que sou menos bom
*
Soletrar
* Ler
*
Escrever
*
Calcular
* Etc
Constatem
juntos que afinal a lista de “defeitos” é menor e portanto o disléxico tem
razões para se sentir bem e apreciar a sua personalidade.
Quando
se pretende criar algum tipo de material para disléxicos é importante ter em
atenção vários factores que podem facilitar a compreensão dos conteúdos:
§ Use um tipo de letra clara e direita, tipo
verdana, no tamanho 12 ou superior, preferencialmente num tom escuro;
§ Use espaçamento de 1,5 ou 2;
§ Opte pelo negrito em vez de itálico ou
sublinhado;
§ Use texto não justificado ou justificado à
esquerda, os espaços brancos distraem o leitor disléxico;
§ Faça frases e parágrafos curtos e
objectivos;
§ Estruture o melhor que for possível: use
títulos, listas com números ou bolas, esquemas;
§ Comece sempre uma nova frase no início da
linha e não no fim da frase anterior;
§ Opte pelas colunas em vez de linhas
compridas;
§ Use um fundo claro, mas sem ser branco;
§ Use e abuse de imagens ou gráficos, ajuda o
disléxico a reter a informação;
§ Não use abreviações e evite a hifenização;
§ Use caixas de texto para evidenciar partes
importantes do texto.
A
melhor abordagem perante uma aluno disléxico é a multissensorial, ou seja
facilitar a aprendizagem utilizando todos os meios disponíveis: visual,
auditivo, oral, táctil e cinestésico. Esta abordagem permite que o aluno
use os seus pontos fortes para colmatar os mais fracos. Assim, algumas
dicas que poderão ajudar o professor no contexto de sala de aula:
§ Interessar-se genuinamente pelo aluno
disléxico e pelas suas dificuldades e especificidades e deixar que ele perceba
esse interesse, para se sinta confortável para pedir ajuda;
§ Na sala de aula, posicionar o aluno
disléxico perto do professsor, para receber ajuda facilmente;
§ Repetir as novas informações e verificar se
foram compreendidas;
§ Dar o tempo suficiente para o trabalho ser
organizado e concluído;
§ Ensinar métodos e práticas de estudo;
§ Encorajar as práticas da sequência de
ver/observar, depois tapar, depois escrever e depois verificar, utilizando a
memória;
§ Ensinar as regras ortográficas;
§ Utilizar mnemónicas;
§ Incentivar o uso do computador como
ferramenta de digitação de texto;
§ Incentivar o uso do corrector ortográfico
de um processamento de texto;
§ Permitir a apresentação de trabalhos de
forma criativa, variada e diferente: gráficos, diagramas, processamento de
texto, vídeo, audio, etc;
§ Criar e enfatizar rotina para ajudar
o aluno disléxico adquirir um sentido de organização;
§ Elogiar ,de forma verdadeira, o que aluno
disléxico fizer ou disser bem, dando-lhe a oportunidade de “brilhar”;
§ Incentivar a participação em trabalhos
práticos;
§ Nunca partir do pressuposto que o aluno
disléxico é preguiçoso ou descuidado;
§ Nunca fazer comparações com o resto da turma;
§ Não pedir ao aluno disléxico para ler em
voz alta na sala de aula;
§ Não corrigir todos os seus erros (evitar o
uso da cor vermelha, para não ser tão evidente os seus erros);
§ Não insistir na reformulação, a menos que
exista um propósito claro.
Auto
estima é a característica vital para qualquer adolescente disléxico, sendo
essencialmente desenvolvida no lar. Sentir-se livre da pressão é muito
importante e é mais fácil de manter em casa.
Os pais
podem construir a confiança/ auto-estima dos seus filhos, elogiando-os
verdadeiramente e mostrando-lhes que apreciam o seu valor e a sua companhia.
A
educação dada pelos pais pode ajudar com problemas de concentração e mais tempo
pode ser gasto em interesses especiais do jovem, dando-lhes oportunidades de
experimentar o sucesso.
Chega
um momento em que, para se tornarem adultos bem sucedidos, os adolescentes
disléxicos deve reconhecer e aceitar a sua combinação única de pontos fortes e
dificuldades.
Até que
isto suceda, adolescentes disléxicos não vão assumir a responsabilidade e agir
para superar os obstáculos e os problemas que a dislexia cria.
Adultos
disléxicos bem sucedidos têm invariavelmente sucedido por se concentrarem nos
seus próprios dons particulares e não incidindo sobre as suas dificuldades.
Esta é,
na realidade o grande segredo para lidar com a dislexia.
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