domingo, 23 de junho de 2013

DICAS PARA COMPRENDER CÇAS COM DISLEXIA


A melhor abordagem perante uma aluno disléxico é a  multissensorial, ou seja facilitar a aprendizagem utilizando todos os meios  disponíveis: visual, auditivo, oral, táctil e cinestésico. Esta abordagem permite que o aluno use  os seus pontos fortes para comandar os mais fracos. Assim, algumas dicas que poderão ajudar o professor no contexto de sala de aula:
§         Interessar-se genuinamente pelo aluno disléxico e pelas suas dificuldades e especificidades e deixar que ele perceba esse interesse, para se sinta confortável para pedir ajuda;
§  Na  sala de aula, posicionar o aluno disléxico perto do professor, para receber ajuda facilmente;
§  Repetir as novas informações e verificar se foram compreendidas;
§  Dar o tempo suficiente para o trabalho ser organizado e concluído;
§  Ensinar métodos e práticas de estudo;
§  Encorajar as práticas da sequência de ver/observar, depois tapar, depois escrever e depois verificar, utilizando a memória;
§  Ensinar as regras ortográficas;
§  Incentivar o uso do computador como ferramenta de  digitação de texto;
§  Incentivar o uso do corrector ortográfico de um processamento de texto;
§  Permitir a apresentação de trabalhos de forma criativa, variada e diferente: gráficos, diagramas, processamento de texto, vídeo, audio, etc;
§  Criar e enfatizar  rotina para ajudar o aluno disléxico adquirir um sentido de organização;
§  Elogiar ,de forma verdadeira, o que aluno disléxico fizer ou disser bem,  dando-lhe a oportunidade de “brilhar”;
§  Incentivar a participação em trabalhos práticos;
§  Nunca partir do pressuposto que o aluno disléxico é preguiçoso ou descuidado;
§  Nunca fazer comparações com o resto da turma;
§  Não pedir ao aluno disléxico para ler em voz alta na sala de aula;
§  Não corrigir todos os seus erros (evitar o uso da cor vermelha, para não ser tão evidente os seus erros);
§  Não insistir na reformulação, a menos que exista um propósito claro.
 Como qualquer criança, os disléxicos necessitam do apoio dos pais.  Não só para a satisfação das suas necessidades imediatas e físicas, mas também para os ajudar a criar mecanismos para ultrapassar as suas dificuldades.
Usar exercícios criativos que envolvam a memória, tais como recitar poemas infantis em conjunto, ler poemas, utilizar mímica, teatro, falar de imagens, utilizar a acção, os jogos de tabuleiro, jogar a pares, aplaudir as sílabas e cantar músicas, podem ser muito úteis.
Estas são algumas dicas/estratégias que também se poderão revelar importantes:
§  Incentivar a prática de exercício físico, em que se promova o atirar, capturar, chutar bolas, saltar e treinar o equilíbrio;
§  Incentivar a prática de actividades lúdicas e artísticas, como dança, pintura ou outra que a criança se sinta inclinada;
§  Incentivar o gosto pela leitura,  usando a linguagem dos livros — as imagens, as palavras e as letras — para perceber que os livros podem ser analisados, lidos e desfrutados, vezes sem conta;
§  Mostrar como segurar num livro, de que forma ele abre, onde começa a história, onde é o topo da página e que direcção segue o texto, apreciar as imagens;
§  Promover o aspecto cultural: visitar museus, assitir peças de teatro ou musicais,conhecer outras cidades, etc
§  Ajudar a criança disléxica a aprender a seguir instruções,  por exemplo, “por favor pega no lápis e coloca-o na caixa”, e fazer gradualmente sequências mais longas, por exemplo, “ir à prateleira, encontrar a caixa vermelha, trazê-la para mim”. Incentivar a criança disléxica a repetir a instrução antes de a realizar.
Valorizar o disléxico na sala de aula
Raramente o disléxico recebe certificados ou prêmios academicos. No entanto, pode e deve valorizar o disléxico por tudo aquilo que ele alcança, mesmo sem ser academicamente:
* Ajuda dada aos colegas;
* Demonstração de esforço (independentemente do sucesso);
* Materiais organizados;
* Simpatia para com os colegas;
* Vontade em participar;
* Permanecer atento e calmo;
* Boas maneiras / boa educação;
* Dar o exemplo para outros;
* Desejo de se envolver noutras actividades da escola (clubes, produções, etc);
Trabalhar a auto-estima do disléxico
Todos os dias na escola, o disléxico enfrenta o fracasso, desde a escrita até à matemática. Assim, o disléxico constata que não consegue fazer o que os outros fazem e considera-se “burro, “estúpido”.
E como a dislexia não é como partir um braço – visível – o próprio sistema escolar promove este tipo de pensamento:
“- Oh, tem o braço partido, claro que não consegue escrever, isso não tem nada a ver com inteligência!”
Mas ninguém diz:
“ Oh, claro que não consegue ler, o cérebro funciona de forma diferente, mas não há nada de errado com a sua inteligência!”
       Torna-se, assim, importante trabalhar a auto-estima e auto confiança de cada criança ou jovem disléxico. Só palavras não são suficientes para motivar o disléxico, ele precisa de perceber na prática que é capaz e inteligente como os demais.
Pegue numa folha e divida-a em duas colunas. De forma objectiva e verdadeira escreva numa coluna “Coisas em que eu sou bom” e noutra coluna “Coisas em que eu sou menos bom”.
Provavelmente terá duas colunas assim:
Coisas em que eu sou bom
* Nadar
* Basquetebol
* Desenhar
* Tomar conta dos  meus ratos
* Pintar
* Fazer rir
* Ajudar os outros
* Decorar
* Etc
Coisas em que sou menos bom
* Soletrar
* Ler
* Escrever
* Calcular
* Etc
Constatem juntos que afinal a lista de “defeitos” é menor e portanto o disléxico tem razões para se sentir bem e apreciar a sua personalidade.

Quando se pretende criar algum tipo de material para disléxicos é importante ter em atenção vários factores que podem facilitar a compreensão dos conteúdos:
§  Use um tipo de letra clara e direita, tipo verdana, no tamanho 12 ou superior, preferencialmente num tom escuro;
§  Use espaçamento de 1,5 ou 2;
§  Opte pelo negrito em vez de itálico ou sublinhado;
§  Use texto não justificado ou justificado à esquerda, os espaços brancos distraem o leitor disléxico;
§  Faça frases e parágrafos curtos e objectivos;
§  Estruture o melhor que for possível: use títulos, listas com números ou bolas, esquemas;
§  Comece sempre uma nova frase no início da linha e não no fim da frase anterior;
§  Opte pelas colunas em vez de linhas compridas;
§  Use um fundo claro, mas sem ser branco;
§  Use e abuse de imagens ou gráficos, ajuda o disléxico a reter a informação;
§  Não use abreviações e evite a hifenização;
§  Use caixas de texto para evidenciar partes importantes do texto.
A melhor abordagem perante uma aluno disléxico é a  multissensorial, ou seja facilitar a aprendizagem utilizando todos os meios  disponíveis: visual, auditivo, oral, táctil e cinestésico. Esta abordagem permite que o aluno use  os seus pontos fortes para colmatar os mais fracos. Assim, algumas dicas que poderão ajudar o professor no contexto de sala de aula:
§  Interessar-se genuinamente pelo aluno disléxico e pelas suas dificuldades e especificidades e deixar que ele perceba esse interesse, para se sinta confortável para pedir ajuda;
§  Na  sala de aula, posicionar o aluno disléxico perto do professsor, para receber ajuda facilmente;
§  Repetir as novas informações e verificar se foram compreendidas;
§  Dar o tempo suficiente para o trabalho ser organizado e concluído;
§  Ensinar métodos e práticas de estudo;
§  Encorajar as práticas da sequência de ver/observar, depois tapar, depois escrever e depois verificar, utilizando a memória;
§  Ensinar as regras ortográficas;
§  Utilizar mnemónicas;
§  Incentivar o uso do computador como ferramenta de  digitação de texto;
§  Incentivar o uso do corrector ortográfico de um processamento de texto;
§  Permitir a apresentação de trabalhos de forma criativa, variada e diferente: gráficos, diagramas, processamento de texto, vídeo, audio, etc;
§  Criar e enfatizar  rotina para ajudar o aluno disléxico adquirir um sentido de organização;
§  Elogiar ,de forma verdadeira, o que aluno disléxico fizer ou disser bem,  dando-lhe a oportunidade de “brilhar”;
§  Incentivar a participação em trabalhos práticos;
§  Nunca partir do pressuposto que o aluno disléxico é preguiçoso ou descuidado;
§  Nunca fazer comparações com o resto da turma;
§  Não pedir ao aluno disléxico para ler em voz alta na sala de aula;
§  Não corrigir todos os seus erros (evitar o uso da cor vermelha, para não ser tão evidente os seus erros);
§  Não insistir na reformulação, a menos que exista um propósito claro.
Auto estima é a característica vital para qualquer adolescente disléxico, sendo essencialmente desenvolvida no lar. Sentir-se livre da pressão é muito importante e é mais fácil de manter em casa.
Os pais podem construir a confiança/ auto-estima dos seus filhos, elogiando-os verdadeiramente e mostrando-lhes que apreciam o seu valor e a sua companhia.
A educação dada pelos pais pode ajudar com problemas de concentração e mais tempo pode ser gasto em interesses especiais do jovem, dando-lhes oportunidades de experimentar o sucesso.
Chega um momento em que, para se tornarem adultos bem sucedidos, os adolescentes disléxicos deve reconhecer e aceitar a sua combinação única de pontos fortes e dificuldades.
Até que isto suceda, adolescentes disléxicos não vão assumir a responsabilidade e agir para superar os obstáculos e os problemas que a dislexia cria.
Adultos disléxicos bem sucedidos têm invariavelmente sucedido por se concentrarem nos seus próprios dons particulares e não incidindo sobre as suas dificuldades.
Esta é, na realidade o grande segredo para lidar com a dislexia.


A BELEZA, A AMIZADE E  A PAZ, ESTÁ EM ACEITAR E CONVIVER COM AS DIFERENÇAS.